... e coloquei água no chopp dos vascaínos.
Um jogo sem muitas emoções. O time carioca não estava muito preocupado com a partida e a obrigação da Lusa era azedar a festa do Vasco. Na realidade grande parte dos vascaínos nem se importou com a derrota por 1 a 0, mas eu saí feliz, feliz...
Sábado, 21 de novembro saí da praia mais cedo e fui para o Maraca torcer pela Lusa na partida da entrega da taça para o Vasco. Praticamente uma final (rsrs). Também fui fechar minha participação nesse campeonato com chave de ouro. (Não teria graça assistir outra partida lá, que não fosse a do meu time). No trajeto até o estádio os relógios registravam 40° e a sensação térmica de 50°. Um calor insuportável!

A cidade respirava futebol. Os quatros grandes clubes cariocas estão em fase decisiva. Botafogo e Fluminense brigam para ficar fora da série B, Flamengo disputa o título do Brasileiro e o Vasco campeão da série B. Por todos os lados, bandeiras penduradas nas janelas e sacadas, a população desfilava com suas camisas pelas praias, Lagoa, shopping, etc...
No caminho respondia perguntas: Quem é o craque? O artilheiro? O cara que vai definir a partida? Etc...
Nenhuma pergunta ficou sem resposta, mas confesso que menti diversas vezes dizendo “o fulano” é fantástico, goleador craque do Canindé!
Esperava o Maracanã lotado, aquela festa bonita e que não iria me controlar no meio de vascaínos, mas o estádio tinha menos de 30 mil pessoas e foi muito tranquilo e muito bom.
Não fiquei no meio da torcida organizada do Vasco, porque seria demais, mas estava ali, do outro lado da arquibancada, no meio de vascaínos, mas em menor quantidade e desenvolvi técnicas infalíveis de camuflagem.
Palavrões e xingamentos são palavras neutras que são usadas quando o goleiro defende ou o atacante chuta mal. Enquanto a torcida da Cruz de Malta xingava o Carlos Alberto por ter perdido o gol, eu gritava a mesma coisa, mas pela defesa do Muriel...
E para a minha felicidade no momento do gol do Fellype Gabriel, “o craque”, eu estava em pé e comemorei tranquilamente, mas o meu desejo era gritar e calar o Maracanã, como a torcida do Vasco fez no Canindé.
Depois era esperar e torcer para o jogo acabar logo para eu ver a volta olímpica e a alegria vascaína.
Com a vitória lusitana, provamos que o Vasco não é lá essas coisas e que nenhum dos quatro times classificados são excepcionais. Decepcionante é ver a Lusa fora da série A e essa foi a série B mais fácil de todos os tempos. Ganhamos de todos os times classificados!
Frustrante é ver a Lusa no Maracanã em um jogo que não valia nada, mas saí feliz como se meu time tivesse levado o título. Afinal, ganhou a final, mas quem levou a taça foi o Vasco!
Ah... e o Maracanã é mágico! Merece o jogo de encerramento da Copa e a cidade do Rio também!