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Crédito: Léo Pinheiro |
E no meu mundinho, o jogo entre Portuguesa e Vila Nova era a coisa mais importante da semana.
A vitória tiraria a Lusa da lanterna e deixaria os torcedores da Portuguesa menos aflitos. A derrota seria o suicídio para a Série C.
E no meu mundinho particular acompanhei lance a lance, aflita e desesperada, todos os minutos do jogo. Minha vontade era de entrar em campo e marcar para a Portuguesa. Ou de gritar no ouvido de cada jogador: Vamos jogar, porra! Precisamos vencer!
Já desanimada e acreditando que o “clássico dos lanternas” terminaria em 0 a 0, fui buscar uma cerveja. E dali, do outro lado, ouvi o grito de gol. Corri. Era da Lusa. Era o gol que podia tirar a equipe da lanterna.
Aquele momento o jogo poderia acabar, mas só estava no início do segundo tempo. A partida durou uma eternidade, tão longo quanto uma disputa de tênis entre Nadal e Djokovic. Talvez até mais chato, e aos 33 minutos o Vila Nova conseguiu empatar com a Portuguesa.
O pesadelo da lanterna voltou a reinar no Canindé e no meu mundinho, mas quando não tinha mais esperança, e já apagava a luz para sair de cena, Gabriel Xavier, o autor, craque, artilheiro, lindo, e melhor jogador do mundo, foi lá e marcou o segundo para a Portuguesa.
Apito final. E a vitória mais importante do mundo aconteceu, e até a próxima terça-feira, teremos um pinguinho de esperança em permanecer na Série B, mesmo continuando na zona de rebaixamento. Mas uma vitória anima a torcida. Sonhei até com a Libertadores.
Fim do primeiro turno, mas não o fim do sofrimento. Que venha o segundo turno e o desespero.