Vi as taças dos acessos do River e do Grêmio, tão importantes quanto às da Libertadores e Mundiais. Também assisti a dois jogos no Uruguai. Me encantei com o Nacional e me arrepiei com a torcida do Peñarol no estádio Centenário. É uma coisa mágica, indescritível. Quem gosta de torcidas deve assistir ao jogo do Peñarol.
Mas o mais importante: me diverti muito.
Morri de saudades da Portuguesa. Acompanhei cada segundo do jogo do Flamengo como se eu tivesse no Canindé e sofri muito com os últimos resultados da Portuguesa.Mas caminhamos para mais uma Série A...
Mas o momento que minhas pernas tremeram foi quando avistei o estádio do Grêmio.
Nunca gostei do Grêmio e cada dia gosto menos, mas tive a curiosidade de conhecer o Olímpico. Faz parte da minha história e da Portuguesa. Não estive lá em 1996, mas o meu coração estava na arquibancada do Olímpico.
Quando dei de cara com o estádio, passou um filme na minha cabeça. Toda a emoção que senti em 1996, contra o Cruzeiro, o Atlético-MG e o Grêmio. Na época, com 13 anos de idade, mandei fazer bandeiras, comprei rojões e comemorei muito cada passagem até a final.
Eles fizeram. Lusa vice-campeã brasileira. Comemorei como se tivesse sido campeã. Pra mim, ela foi campeã. Hoje fui lá, lembrei de cada lance do jogo e daquele gol no finalzinho da partida. Chorei. 1996 foi especial, não só pela Lusa, mas por motivos particulares.
O Olímpico tinha uma dívida comigo, eu acertei hoje com ele. O estádio será destruído, mas ficará a lembrança do dia em que a Lusa perdeu o título Brasileiro nos minutos finais da partida.