quarta-feira, 29 de abril de 2015

E viva a Lusa no nosso Canindé!

Aha! Uhu! O Canindé é nosso! Olá, olé, e viva a Lusa no nosso Canindé! Como é bom voltar pra casa. Mesmo desarrumada, nossa casa é sempre a mais aconchegante que as outras. Pode ser velha, precisando de reforma, simples, sem equipamentos da última geração, mas a nossa casa é a nossa casa.  É bom demais retornar!

A Lusa entrou em campo e eu entrei junto.  De coração, estava ali na arquibancada. Gritando, cantando e xingando. Foi possível ouvir meu grito, lá no Canindé, quando o Ituano marcou o gol.

Daqui do sofá, no Planalto Central,  o time está mal. Espero que esteja melhor aí, mas duvido. Na arquibancada tudo é mais gostoso e mais intenso. Os lances mais feios ficam ainda mais horríveis, as jogadas mais dramáticas se tornam um filme de terror.  O calor da torcida, os olhares atentos do torcedor ao lado, a piada sem graça do amigo no degrau acima, o comentário inteligente do moço bonito da arquibancada, tudo é mais legal “in loco”. Tudo é mais intenso “in loco”.A vida é muito mais rubro-verde nas arquibancadas do Canindé.

O Sardinha xingando o juiz e a Rainha brilhando na arquibancada. As camisas rubro-verdes encantando estádio. Sem contar o bolinho de bacalhau que eu salivo só de lembrar.  O Canindé é único.  Que saudades!  O Canindé é nosso!

O que não muda por lá é a qualidade do time.  As pernocas dos jogadores lusitanos parecem que não estão afinadas com a bola. Futebol espetáculo passa muito longe do Canindé. Mas a estreia da “tão aguardada” Série C é só daqui a 17 dias, tempo suficiente para as pernocas ganharem um pouco mais de habilidade com a bola.

E entre um chute e outro a Portuguesa até tenta marcar alguma coisa e aos 23 minutos do segundo tempo. GOOOOOOOOOLLL (Eu gritei todos os palavrões do mundo em dois segundos). Gritei ainda mais alto do que no primeiro tempo.

Empatamos. E com o empate em 1 a 1, a Lusa caminhou para a cobrança de pênaltis, que não aconteceu.  As coisas não mudam em casa, e o Ituano marcou aos 44 minutos do segundo tempo. Voltamos. É bom relembrar os mesmos erros do passado, né?

Pra quem já foi eliminada pelo Bangu é luxo ser eliminada pelo atual campeão paulista.

Aqui, longe do Canindé, destaco o comentário do narrador do Sportv, ainda no primeiro tempo: "O torcedor da Portuguesa, ali aflito, nunca perde a esperança”. Concordo,  senhor narrador!

A gente perde jogo, perde a classificação, perde mando de campo, perde a vaga na Série A para o STJD, perde a vaga na Série B por incompetência, perde para os nossos dirigentes, perde no Paulista, mas nos resta a esperança. Esperança de dar a volta por cima, de retornar para dias melhores, de ver times melhores,  de comemorar um gol, um golzinho em casa. Jamais perderemos a esperança! E vamos retornar. Pra casa, já voltamos.  Agora falta arrumar a casa e voltar para o jogo.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Reage, Portuguesa!

Demorei um Campeonato Paulista para escrever. Esperei um Campeonato Paulista para comprar minha passagem e assistir um jogo no Canindé. Paguei todas as mensalidades do sócio-torcedor. Esperei 15 rodadas para perguntar: Que merda é essa, Portuguesa?

Longe da equipe, longe do Canindé, longe de São Paulo, longe da região Sudeste, no centro do Brasil, sentada no sofá de casa, em uma quadra qualquer da Asa Norte, esperei por gols da Lusa, esperei também para comemorar as vitórias da Portuguesa.

Nada aconteceu.

E sozinha, ali sentada no meu sofá cinza, com a camisa rubro-verde, na frente da TV, ao lado da pequena bandeira lusitana enfeitando a estante, chorei sozinha o sétimo rebaixamento da Lusa.

Não foi uma surpresa. Uma queda anunciada no Paulista do ano passado, quando escapamos por pouco. Mas não escapamos da queda para a Série C .

Hoje, a Portuguesa, aquele que eu afirmo que não é grande, mas que é gigante, se tornou um time de segunda, de terceira... Não é mais aquele time que aprendi a amar e admirar.

Eu vivi os melhores anos da Portuguesa na década de 90. Ela ganhava de todo mundo, não tinha adversário pra ela. Ela passava o trator, aquele que está enterrado no decadente e querido Canindé, no Palmeiras, Corinthians, Vasco, Flamengo, Cruzeiro etc... todos sofreram nas mãos na minha Lusa. Eu vi a Portuguesa ganhar de todos.

A gigante Portuguesa tirou pontos do grandes, desclassificou os times de massa e eu, desfilava pelas ruas da Vila Mariana, toda orgulhosa com minha camisa rubro-verde. A Portuguesa nem precisou ser campeã para eu ser a torcera mais feliz e orgulhosa da década.

E hoje, dia seguinte do sétimo rebaixamento, em apenas treze anos, só me resta lamentar por presenciar a pior fase da história da Portuguesa.

E daqui pra frente, me resta acreditar que depois da queda vem o recomeço. E já passou da hora de renascer, né Lusa! Aproveite esta fase péssima, levanta a cabeça e começa do zero.  Se for para melhor, eu e toda a torcida do bem estaremos sempre ao seu lado, independente da divisão.

Chegou a hora, Lusa! Reage, Portuguesa!

Outro dia


domingo, 5 de abril de 2015

Vai cair?

Caiu, levanta! Nos últimos treze anos eu tenho repetido isso quase que todo ano. No Paulista, no Brasileiro, os fracassos na Copa do Brasil e os sucessivos desastres administrativos da Portuguesa.

São tantas as quedas, tantos machucados e cicatrizes que não curam. Nos últimos dez anos, qual foi o momento que a Portuguesa nos deu mais alegria? Talvez o acidente de 2011, a Barcelusa. Campanha de sucesso, mas que não foi fruto de planejamento, foi muito mais obra do acaso, da sorte e raça de alguns jogadores. Convenhamos que ali tínhamos dois ou três jogadores talentosos.

Eu já perdi as contas dos rebaixamentos. No Paulista: 2006 e 2012. No Brasileiro foram quatro quedas: 2002, 2008, 2013 e 2014. Esqueci de algum rebaixamento?

E tudo indica que na próxima quarta-feira, a Portuguesa vai oficializar a terceira queda para a A-2.

A dor da queda, principalmente no Paulista, é grande. Mesmo acompanhando de longe, mas o coração sempre em campo, é uma dor inexplicável.

Este ano, ainda não fui a nenhum jogo por pura incompetência dos dirigentes que deixaram o Canindé interditado por toda a primeira fase do Campeonato Paulista. E mais uma vez, aguardo em silêncio por mais um rebaixamento da Portuguesa.

Na quarta-feira, vou vestir minha camisa rubro-verde sabendo que independentemente do resulta, a noite vai terminar em lágrimas...