Por Globo.com
No estilo “a melhor defesa é o ataque”, o Vila Nova surpreendeu a Portuguesa nesta terça-feira, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Com um gol de David, o time goiano venceu a líder por 1 a 0 no Canindé, acabando com uma sequência de sete jogos de invencibilidade do time do técnico Jorginho.
Apesar da derrota que não vinha há mais de um mês, a Portuguesa segue na ponta da tabela, com 36 pontos, mas pode perder a folga para a vice-líder Ponte Preta, que tem um jogo a menos e está com 32 pontos. O próximo desafio da Lusa está agendado para esta sexta, às 20h30m, quando a equipe encara o Duque de Caxias, em São Januário. Pelo lado do Vila, o técnico Artur Neto estreou com vitória e respira aliviado, já que o time chega aos 23 pontos e se distancia da zona de rebaixamento. Na próxima rodada, os goianos recebem o Americana, no sábado, às 16h20m.
A líder Portuguesa esperava encarar um Vila Nova fechado no campo de defesa, já que o time goiano brigava para se distanciar da zona de degola e não tem um bom desempenho como visitante, conquistando apenas cinco pontos dos 24 disputados. No entanto, o técnico estreante Artur Neto colocou a equipe para o ataque. O resultado foi um primeiro tempo aberto, com boas chances para os dois lados, apesar das poucas jogadas criadas.
Foi um toma lá, dá cá. O Vila Nova atacava com Roni e David, quase sempre pelas laterais, e a Lusa respondia em pouco tempo. Com um Edno apagado, sobrou para Marco Antônio e para os alas da Lusa a função ofensiva, mas a equipe ficou muito aquém do futebol que lhe rendeu o apelido de “Barcelusa”.
Foi o Vila Nova que teve a melhor chance de abrir o placar. Em um contra-ataque, David deu um passe açucarado para Roni bater cruzado e tirar tinta da trave.
Se dentro de campo a Portuguesa não mostrava o futebol de líder da Série B, na arquibancada a torcida não decepcionava. Ao som de uma bateria, que não parou nem um segundo durante o primeiro tempo, os torcedores entoaram um vasto repertório de hinos e até fizeram uma peregrinação no segundo tempo, mudando de posição no estádio para permanecer perto da meta do goleiro Michel Alves.
Vila dá o golpe fatal
No retorno do vestiário, os jogadores da Lusa fizeram uma corrente no meio-campo para tentar reagir. A motivação até parecia surtir efeito. O time do técnico Jorginho ameaçava mais o Vila Nova e se movimentava melhor. Mas a equipe goiana pregou sua peça: em um contra-ataque, aos dez minutos da etapa complementar, Roni deu um presente para David, um belo passe na quina esquerda da grande área para o meia tirar do defensor e soltar o pé. O chute rasteiro foi no limite, tocou a trave esquerda de Weverton e balançou a rede.
Em vez de sentir o golpe, a Lusa cresceu. Embalado pela torcida, que passou a gritar ainda mais, Edno começou a aparecer e quase empatou aos 18 minutos, com uma arrancada pela esquerda e um chute cruzado, que exigiu grande defesa de Michel Alves. Daí em diante, só deu Lusa. Jorginho mexeu no time, colocando mais atacantes em campo. A Portuguesa pressionou com Raí, com Marcelo Cordeiro, várias vezes com Edno, mas nada de gol. Apesar dos gritos de “Portuguesa é o time da virada”, vindos da arquibancada, a derrota que não vinha há sete jogos, enfim, veio.
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