segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Não me faça torcer pelo Curintias!

Foto: Léo Pinheiro
45 minutos do segundo tempo, o árbitro ainda não tinha apitado o fim da partida. No placar 0 a 0. O Coritiba iria bater o escanteio. Olhei para o relógio, estava atrasada para uma festa. Festa daquelas que só acontece uma vez por ano.

Corri para a saída, o Coritiba bateu o escanteio, o juiz iria dar mais seis minutos de acréscimo. Fui embora com uma dor no coração de não ver os minutos finais do jogo. No carro ainda tinha a esperança da vitória, mas terminou 0 a 0.

“Pelo menos não perdemos”, lamentou meu pai. Meu vó reclamava de tudo, da falta do Luis Ricardo, do juiz que não marcou as faltas para a Lusa, da falta de sorte dos atacantes lusitanos e até do título dividido de 73. Eu reclamava que estava com pressa e que jogo às 19h30, de sábado, é um crime para quem pretende sair.

Mas nós três fomos unânimes: Torcer pelo Corinthians, jamais! Ficou pré-estabelecido que nossa torcida seria contra o Fluminense e Vasco. E que é um sacrifício grande demais torcer para dois times que odiamos só por que a Portuguesa foi incompetente e não conseguiu vencer o Coritiba e os jogos anteriores.

Não é justo eu ter que torcer para um time que eu odeio. A Portuguesa tem que entender e fazer a parte dela sem precisar de ajuda de ninguém.

A Portuguesa tem que entender que ganhar do Corinthians é legal e mais legal ainda quando é de 4 a 0 e torcer para ele vencer qualquer outro adversário não é legal. E isto vale para Santos, São Paulo, Palmeiras e qualquer outro time.

A Portuguesa precisa entender que depender do outro não é legal nunca. E esta é a lei da vida para as pessoas, no futebol e para tudo. Seja independente, porque nem sempre vai ter alguém para dar uma mãozinha amiga. É aquela coisa, se quer bem feito, faça você. Mas a Portuguesa segue a cartilha do “deixa para a próxima rodada ou para os adversários”.

No dia seguinte, fui para a maratona futebolística de domingo com a calculadora na mão. Vi o jogo da Ponte Preta, depois o Santos. A vitória parecia fácil para o time da baixada, mas surpreendentemente, com a força da torcida, o Vasco conseguiu empatar o jogo. No outro canal, pênalti para o Corinthians. Pato bateu e acertou. Enfim... acertou o pênalti que precisava e na hora que precisava.

É difícil comemorar o gol do Corinthians. Mas neste caso eu ri. Ri porque beneficiou a Portuguesa, mas principalmente porque colocou o Fluminense na zona de rebaixamento. E o Fluflu é o time que mais merece cair para a B ou até mesmo direto para a C. O Fluminense tem um dívida na Série B e parece que chegou a hora de pagar. E se sobrar uma grana, pode pagar a fatura do meu cartão de crédito.

Mas vamos voltar para a nossa realidade rubro-verde: A Portuguesa está caminhando para o fim do campeonato sendo a Portuguesa de sempre. Aquela que mata meia dúzia de torcedores por rodada e que só vai decidir a permanência ou a queda na última rodada.

E eu peço encarecidamente para a Portuguesa fazer a parte dela porque eu não pretendo torcer para o Corinthians (ou qualquer outro time) nas próximas rodadas.

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