segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Boas Festas!


O Boteco da Lusa deseja que a Lusa permaneça na Série A e sorte, saúde, sucesso, alegria e muita diversão para todos que acompanham o blog. Em 2014 estaremos juntos aqui e com a Lusa, independente da divisão!

Boas Festas!



(Ainda não fechamos o Boteco em 2013, aguardamos a decisão do Pleno, dia 27 de Dezembro)

O que é a Portuguesa

É difícil explicar o que é a Portuguesa e o que, nós torcedores, sentimos por ela.

É mais ou menos aquilo: Nós somos poucos, mas somos loucos pela Portuguesa.

O torcedores Antônio Ribeiro fez um vídeo muito legal sobre a torcida e o que sentimos pela Portuguesa.
 


domingo, 22 de dezembro de 2013

Pela moralização do futebol brasileiro

O protesto em cliques. Muito orgulho de fazer parte dessa torcida, dessa família...
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Mais fotos, um álbum no Flickr.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Pequena fábula bizarra


— Ufa, campeonato difícil, heim?
— Nem me fale, achei mesmo que a gente não ia conseguir...
— Pois é, o time não era lá essas coisas, mas acabou se superando.
— Eu lembro daquele jogo em que o Lauro marcou no último minuto. Gol de goleiro? Pensei... é um sinal, as coisas não vão nada bem, mas algo me diz que vamos nos salvar no último momento.
— Pirei naquele dia, mas vamos combinar, esse Lauro também errou algumas vezes... que nem no Morumbi...
— Faz parte, só erra quem está jogando. É assim, erra num dia e salva em outro... pegou pênalti do Rogério, fez uma puta defesa no final contra o Botafogo no Rio...
— Tá certo, entre erros e acertos está desculpado... e por falar em erro, nesse mesmo dia, do Botafogo, garfaram o gol do Valdomiro...
— Verdade, e lá em Curitiba, no final, aquele impedimento no gol deles... só erram contra nós...
— Calma, não é bem assim... O Valdomiro também errou naquele lance, cabeceou curtinho e sobrou pro cara do Coritiba, se tivesse mandado a bola pra longe... o atacante impedido não tinha feito o gol...
— É, mas a arbitragem também errou contra o Grêmio... o pênalti contra nós foi ridículo...
— Ridículo e estapafúrdio. Mas eu acho que o Guto também errou na escalação... sei lá, se bem que arrumou o time depois...
— E aquele treineiro do começo... fez tudo errado.
— E o Corrêa? Pega bem na bola... pega bem na bola... acho que errou todas as cobranças de escanteio.
— Erro de cobertura no segundo pau... foi contra o Santos na Vila, contra o Atlético em Minas, contra o Criciúma no primeiro turno foi erro geral... bateram cabeça.
— É assim mesmo... técnico erra, goleiro erra, defesa erra, meio campo erra... faz parte.
— Tudo bem, nem dá pra reclamar dos caras... com todos os erros, se salvaram na base da raça.
— Pois é, e agora esse erro do jurídico?
— Aí fode tudo. O jurídico não pode errar. Afinal isso é um campeonato de futebol...

Moral da história: Moral não tem nenhuma, mas o que interessa mesmo é o advogado.


Sem palavras

Não existe palavra para expressar o que estou sentindo.

Um vazio.

Uma página em branco sem resposta.

Estou desconsolada.

Uma dor sem fim.

Não tenho palavras para descrever um sentimento causado por uma queda através do STJD.

Perdi o rumo... Caí!

domingo, 15 de dezembro de 2013

Somos heróis

Não importa se estávamos em 300, 400 ou 700. Eu chuto uns 500, mas o número exato é o que menos reflete no resultado final.

Nós estávamos lá. Deixamos de lado as compras de Natal, o passeio com o namorado (a), a tarde ensolarada em um parque, o almoço em família, o bar com os amigos e fomos para a Avenida Paulista com um propósito: Mostrar para o mundo que a Portuguesa não errou e que o resultado final do Campeonato Brasileiro deve ser aquele que o time conquistou em campo. Terminamos o Brasileirão com 48 pontos, não podemos e não é justo que a equipe seja rebaixada.

No vão do Masp, pudemos expor todas as nossas indignações para quem passava pela Avenida Paulista. E aqueles que achavam que não iria aparecer ninguém da imprensa, se enganaram. Toda a mídia estava lá, TVs, rádios, portais e até estudantes de jornalismo procurando pauta para o próximo trabalho acadêmico.

Somos o assunto do dia. Fomos o assunto da última semana. Seremos o assunto dos próximos dias independente do resultado de segunda-feira.

Ontem, ali na Paulista, mostramos que somos enormes. Nelson Rodrigues disse que os outros times eram grandes e apenas o Fluminense é enorme. Não, Nelson. A Lusa é enorme pela coragem e por lutar contra um sistema que está sempre prejudicando o clube rubro-verde. Ao contrário do Fluminense.

Amanhã, segunda-feira, a Portuguesa vai enfrentar umas das maiores decisões de sua história, triste destino decidir um futuro fora dos campos, um destino que foi imposto para a Portuguesa. E independente do resultado, uma vitória nós já conseguimos: Mostrar que a Portuguesa é muito maior do que imaginavam.

Somos heróis!

Nós, torcedores, sempre soubemos da grandeza da equipe rubro-verde. Para os outros sempre fomos um time que a torcida que cabe dentro de uma Kombi.

Nossa história, nossos glórias, nossa camisa, nossa torcida não merece um rebaixamento no tapetão. Queremos a honra, a ética e a dignidade do futebol.

Sabemos que se a Lusa tivesse caído dentro de campo, o rebaixamento seria justo. E subíramos no próximo ano, com dignidade. Foi assim todas as vezes que caímos. Eu não me importo de estar na Série B e se precisar vou vestir a camisa na C também, acompanho e acompanharei a Portuguesa independente da divisão. Mas não abro mão que as quedas sejam justas e os acessos também.

E como diz o nosso hino, “Vamos à luta ó campeões...” Somos os campeões da moral. Somos campeões pelas nossas lutas que valem três pontos, somos os campeões dos campeonatos que acabam, mas não terminam pra gente... Somos campeões pela nossa garra e nossa luta contra um sistema que insiste em dizer que a Portuguesa não se enquadra no futebol moderno. Somos heróis e campeões!

Se o STJD quer justiça, que ele faça a justiça do bem, a justiça correta, a justiça da moral, a justiça dos que estão certos, a justiça daqueles que venceram dentro de campo... Que a justiça faça a justiça!

À imprensa e ao Brasil

Este é o release que entregamos para os jornalistas que compareceram na Manifestação Não ao Tapetão 

(Por Flavio Gomes)

Futebol é importante. Se não fosse, não estaríamos aqui. Nem vocês.

O Brasil sedia uma Copa do Mundo no ano que vem. O Atlético Mineiro, na próxima semana, estará provavelmente lutando pelo título mundial de clubes.

E o assunto da semana é a Portuguesa.

Por que isso? Por que tanta atenção, tantas horas (sim, horas) em programas de TV e rádio, centenas de matérias na mídia impressa e eletrônica dedicadas a um clube que para as novas gerações faz parte daqulio que se convencionou chamar de grupo dos “pequenos” brasileiros?

Porque, na verdade, trata-se de lutar pelo futebol. Que é jogado no campo, sempre foi, embora nem sempre seja decidido nele.

A Portuguesa tem sido tratada como pequena. Não é, nunca foi. Passou a ser quando o futebol deixou de ser um esporte cujos resultados eram determinados pela capacidade e competência de cada clube de formar seus jogadores e montar seus times. Hoje, o que determina esses resultados é a capacidade que cada clube tem de gerar receita. E essa receita é externa. Vem de direitos de TV e de patrocinadores, basicamente. Quem decide qual clube vai ganhar quanto decide, também, quem ganha e quem perde. É uma lógica matemática. Um clube que recebe da TV 100 milhões de reais vai sempre ganhar de outro que recebe 10.

Ou quase sempre. Porque o futebol é encantador justamente por isso. É o único esporte em que os mais fracos, às vezes, graças a seu empenho e luta, conseguem se sobrepor aos mais fortes.

A Portuguesa recebe menos do que todos os outros times da Série A. Sua receita de TV equivale a 1/10, por exemplo, do que recebem Flamengo e Corinthians. Ou menos. Seus jogos não são transmitidos em canal aberto. Assim, seus contratos de patrocínio têm de ser negociados por quantias quase ridículas, diante de valores quase obscenos obtidos por times que estão na TV uma ou duas vezes por semana, religiosamente. Sua torcida é pequena. A receita obtida com a venda de ingressos é irrisória. Seus jogadores não aparecem em programas esportivos e os jornais não acompanham o dia-a-dia do clube. Fotos na mídia impressa, só quando enfrenta um desses que são chamados de “grandes”. Seu estádio é modesto, sem cadeiras estofadas, camarotes VIP, setores patrocinados, acessos exclusivos, telões de alta definição.

Mesmo assim, entre os 20 clubes que disputam o maior campeonato do autoproclamado país do futebol, terminou a competição na 12ª colocação. Isso tendo disputado as dez primeiras rodadas sem técnico, tendo enfrentado brutais dificuldades financeiras, sendo comandada por um grupo de dirigentes amadores e incompetentes, responsáveis por uma gestão desastrosa que culminou com a possibilidade de greve de seus atletas às vésperas da última rodada. E sem ter tido um único resultado que possa ser atribuído a algum erro de arbitragem a seu favor — o contrário aconteceu com alguma frequência, mas sempre haverá quem pense que essas queixas são coisa de torcedor, de maus perdedores, por isso deixemo-las de lado.

A Portuguesa conseguiu se colocar na 12ª posição neste ano um ponto atrás do poderoso Flamengo, campeão da Copa do Brasil, e a dois do Corinthians, campeão mundial. Um milagre? Quase. Mas, sobretudo, resultado do esforço, dedicação e profissionalismo de seus jogadores e de sua comissão técnica. E também graças à paixão de sua pequena, mas aguerrida torcida.

Há quem, neste momento, ostenta um enorme prazer em brandir regulamentos e códigos, numa sanha legalista que não se vê quando a possível vítima faz parte da tal elite do futebol brasileiro. O próprio procurador do STJD, três anos atrás, diante de uma possibilidade de punição ao Fluminense, que poderia perder seu título brasileiro, falou em “moralidade”, “caos” e “prevalência do resultado no campo” para descartar qualquer mudança no resultado daquele campeonato. Ótimo. Prevaleceu, de fato, o resultado do campo.

Este mesmo procurador, hoje, converte-se no arauto do tecnicismo. Ignora que uma eventual punição à Portuguesa tem o mesmo peso que tirar o título de 2010 do Fluminense, tamanha a desproporcionalidade da pena prevista. Um atleta reserva, que atuou por 13 minutos num jogo que nada valia, pode empurrar um clube rumo à Série B e à sua quase morte financeira? Podem ter um peso maior, esses 13 minutos, do que as 37 partidas anteriores em que seus colegas, e ele próprio, suaram sangue para conseguir manter um clube como a Portuguesa na primeira divisão?

Só isso seria o suficiente para que a punição fosse dimensionada. Como foi, aliás, com o Cruzeiro no mesmo campeonato. O goleiro reserva estava em situação irregular, sem contrato, e constou da súmula. O clube foi multado. Faria sentido algo além disso? Claro que não. Quando o Direito confronta a Justiça, pregam os juristas, que prevaleça a Justiça. É para isso que os tribunais servem, é para isso que há juízes.

Mas não é só a sensação de injustiça que permeia este caso. Os artigos do CBDJ que regem as decisões do STJD são razoavelmente claros quanto a prazos, à necessidade de publicação dos resultado dos julgamentos, ao direito de defesa que todos têm. Heverton foi julgado numa sexta-feira à noite. A Portuguesa, sem recursos financeiros, fez uso de um advogado terceirizado. Obviamente houve um ruído de comunicação entre ele e o clube. Ou, talvez, nenhuma comunicação. Mas como aceitar que um tribunal estabeleça penas sem ter uma mecanismo de comunicação aos apenados além da frágil presença de um advogado? Ele poderia ter sido assaltado na porta do tribunal, perdido seu celular, ou ter sido atropelado. E a Portuguesa só saberia da suspensão de seu jogador NA SEGUNDA-FEIRA ÀS 18h45, quando a punição foi publicada no site da CBF. Faz algum sentido isso?

Claro que não faz. Faz tão pouco sentido que ninguém compreende como os clubes aceitam que procedimentos tão medievais possam trazer consequências tão graves aos seus resultados obtidos em campo. O milionário negócio do futebol brasileiro, seus patrocinadores globalizados, suas arenas, suas transmissões em HD, seu pay-per-view, seus jogadores e treinadores que recebem salários estratosféricos, convivem com um tribunal incapaz de escanear um documento e colocá-lo em seu site depois de um julgamento, incapaz de disparar um e-mail ao condenado depois do crepúsculo.

Rebaixar a Portuguesa é não só atentar contra a essência do futebol, como também ser conivente com essa bizarrice dos julgamentos, critérios e redações de regulamentos do STJD. Mas, acima de tudo, é uma injustiça esportiva, um crime contra atletas, técnico, preparadores, roupeiros, massagistas e torcedores de um clube que não tem aliados ou defensores além dos limites de seu estádio. Um clube que luta sozinho para se manter entre os maiores do futebol brasileiro com as únicas armas que tem: dignidade e esforço.

Rebaixar a Portuguesa, em resumo, é acabar com o futebol.