quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Lusa 2009: O ano dos quintos e dos treinadores

No dia 24 recebi do pessoal do Blá Blá Gol a missão de escrever a “retrospectiva” da Portuguesa. Eles publicaram o texto, com uma seleção de fotos especial para o público masculino. No Boteco da Lusa segue o CTRL C + CTRL V, sem as fotos, mas com todos os links que eles tiveram o trabalho de colocar!!! Aliás, ficou ótimo!



Na numerologia o nove representa o fogo e para a Portuguesa o ano de 2009 foi marcado por uma chamaintensa de emoção, turbulência, escândalo e os 5ºs lugares no Campeonato Paulista e Brasileiro série B.

Foi um ano complicado dentro e fora dos campos, poucas vitórias convincentes, mas muitos momentos de euforia. Em 2009 passaram pela Portuguesa cinco treinadores, muitos jogadores e também aconteceram muitas contusões e confusões que marcaram a história da Lusa no tão conturbado 2009.

No comando de Estevam Soares, o ano de 2008 acabou com o amargo rebaixamento no Brasileirão, mesmo assim ele foi mantido no cargo, realizou a pré-temporada e organizou o time para o Paulistão. Após a primeira rodada do Estadual, e a derrota por 1 a 0 contra o Guarani, o treinador foi mandado embora sem uma explicação convincente.

No lugar do Estevam, a Lusa contratou o Mário Sérgio. Aí começou meu pesado e de boa parte da torcida rubro-verde. Os jogos da Lusa pareciam uma tortura e um a zero era goleada. Foi com Mário Sérgio que a Portuguesa foi eliminada na primeira rodada da Copa do Brasil pelo Icasa, dentro do Canindé. No dia seguinte da eliminação, 05 de março, o treinador foi mandado embora. Mário Sérgio comandou a equipe por 12 jogos (5 vitórias, 5 empates e 2 derrotas).

A fila andou e a diretoria foi atrás de Felipe Scolari e trouxe Paulo Bonamigo, que deu um “meio up” a Portuguesa. O time não melhorou 100%, Bonamigo se perdia nos esquemas táticos, mas por diversas vezes fez com que a Lusa ficasse no G4, em algumas rodadas no Paulista e também da série B. Na última rodada do Paulistão a equipe disputava vaga para a semifinal com o Santos. A rubro-verde precisa vencer o Santo André e torcer pela derrota do time da baixada, que enfrentaria a Ponte Preta. Conclusão: ficamos de fora do quadrangular final.

O  último jogo da Lusa no campeonato Paulista foi o momento de maior intensidade do ano. Um turbilhão de emoções, momentos de alegria e o choro da tristeza no final. Parece até que o torcedor da Lusa está acostumado com isso. Do céu ao inferno em 90 minutos, senti o gostinho de ir para uma semifinal e minutos depois toda a decepção da eliminação. E esse momento resume o ano, porque em diversas vezes o torcedor confiou que o time lusitano chegaria em algum lugar, mas acabou em lugar nenhum. Aliás, acabou em quinto.

Essa rodada gerou os boatos sobre a “mala-preta” e o caso Jean, da Ponte Preta. Mas o presidente da Portuguesa, Manoel Da Lupa, não conseguiu provar nada. Apenas ganhou alguns segundos de destaque no Jornal Nacional.

Com o fim do Paulistão, a Lusa perdeu jogares importantes como Athirson e não houve nenhuma contratação para fortalecer a base da equipe. Outros jogadores, como Christian, Ediglê e Guigov passaram boa parte do campeonato no Departamento Médico e outros revezavam entre o DM e as suspensões de cartões que dificultava para o treinador montar o mesmo time todo jogo.

Com o elenco desfalcado, Bonamigo conseguiu manter, aos trancos e barrancos, o time entre os primeiros no Campeonato Brasileiro. Mas foi mandado embora, dia 05 de agosto, após a derrota contra o Juventude, no Canindé.

A derrota para o time gaúcho foi o ponto inicial para a decadência da Portuguesa no Brasileirão. Demorou uma semana para o clube anunciar um novo treinador, falaram em Leão, Jorginho, Mancini, mas anunciaram René Simões, que foi responsável pela pior fase da Portuguesa na série B e manchetes em todos os jornais e a segunda aparição do ano no Jornal Nacional.

Simões comandou a equipe por 13 dias e em seu currículo colecionou duas derrotas e um empate. O treinador também foi um dos principais envolvidos no caso, um dos mais sujos e tristes da história da Portuguesa, envolvendo conselheiros armados no vestiário. Com isso a Portuguesa ganhou a interdição do Canindé e a saída do treinador.

Na 21°rodada do Brasileirão, na nona colocação e após seis partidas sem vencer, Vagner Benazzi assumiu o time no lugar de René Simões, com uma vitória diante do Fortaleza por 1 a 0. Benazzi  chegou com a missão de recuperar o time desgastado devido ao escândalo do vestiário e correr atrás do tempo e pontos perdidos.

Com Benazzi no comando, a torcida lusitana acreditou que o time retornaria a elite do Brasileirão. A equipe disputou a última vaga até quase a última rodada, mas sem os mandos de jogos no Canindé, e os pontos bobos perdidos ao longo do Campeonato a missão não foi concluída com sucesso. Faltando quatro rodadas para o fim e a obrigação de vencer todos os jogos, a Portuguesa foi derrotada pelo Juventude, em Caxias, e perdeu a possibilidade do retorno a série A.

A Lusa terminou o Campeonato em 5°, posição que não vale nada. Só valeria se a Lusa tivesse mais peso diante da CBF para ganhar o processo contra o Guarani, que escalou irregularmente o jogador Bruno Cazarine. Mas não deu em nada e a Lusa fechou o ano com: cinco treinadores, duas vezes 5ª colocada, a eliminação na primeira rodada da Copa do Brasil e duas aparições no Jornal Nacional. Resultados naturais para um time que não tem planejamento e muito menos uma diretoria que entenda de futebol.



O que esperar de 2010?

A numerologia diz que o 10 está relacionado com a Terra, então será o ano dos “pés no chão”, bola em campo e vitórias Lusa. Ano que espero mais sucesso para a Portuguesa, o retorno para a Série A e motivos bons para abrir muitas cervejas após os jogos lusitanos, o Boteco da Lusa está louco para comandar a festa da vitória, e se for para aparecer no Jornal Nacional, que seja para mostrar o troféu de Campeã…



Desejo a todos os leitores do Boteco da Lusa um 2010 muito especial, com muitas glórias e vitórias lusitanas!!!!!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Boteco da Lusa em festa!!!

O Boteco da Lusa não entra em recesso, pelo contrário, ficará até o último dia do ano esperando novidades da Lusa, para cornetar mais um pouco!

Mas abrirá as portas para a tradicional confraternização de fim de ano e agradece a todos os amigos, boleiros, blogueiros, twitteiros, a torcida lusitana e a adversária, pela companhia e o bom papo de boteco sobre o melhor e o pior do futebol e da Portuguesa.

E deseja que 2010 seja repleto de boas notícias, muitas vitórias e comemorações. Pensamentos positivos para 2010 entrar para a história da Portuguesa...

Então vamos comemorar!!! E aqui não tem champagne, aqui tem a boa e gelada cerveja!!! Vamos abrir os engradados ou as latinhas e comemorar... Tim tim... Sucesso!!!



Boas Festas!!! 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Saldo positivo em 2008?

A última edição da Revista Exame trouxe um especial sobre a Copa do Mundo. Na reportagem, “Bom de bola, ruim de negócio”,  a Lusa aparece como um dos seis clubes brasileiros que fecharam o ano com o saldo positivo. (Citada apenas no box).

Tem assessor de imprensa que luta a vida toda para que seu cliente tenha uma matéria na Exame ou Valor Econômico, no caso da Portuguesa, essa matéria não foi um release criado pelo assessor e nem um estratégia de marketing para valorizar o clube diante do público da revista Exame.

Portuguesa apareceu lá, por acaso, teria muito mais valor se o especial fosse o Brasileirão e a matéria tivesse um foco assim: Portuguesa fecha o ano com o saldo positivo, mesmo caindo para a série .

Se para o clube o saldo foi positivo, para o torcedor foi negativo. Mais uma vez, assistimos partidas dramáticas, um futebol ruim, pagamos ingressos caros e sofremos até a última rodada para ver a Lusa cair para a série B. Mais um ano sem o tão desejado título.

A Portuguesa é uma equipe, que infelizmente, não consegue colocar mais de 4 mil pessoas no Canindé e não pode comemorar esse “pequeno” saldo positivo, porque tenho certeza que 2009 o saldo foi negativo para o clube, que continuou na série B, se envolveu em diversos escândalos, perdeu mandos de campo, recebeu menos pela cota das transmissões de TV, etc... E sobrou mais uma vez para o torcedor que aturou o descaso dirigentes do clube e da CBF, a desorganização do calendário e da falta de vontade dos jogadores.

Imagine se a Portuguesa colocasse mais torcedores no Canindé, vendesse mais produtos oficiais, tivesse um time competitivo, uma divulgação forte e uma administração melhor. Como seria o saldo no fim do campeonato?

Quantas vezes o torcedor da Portuguesa já entrou em lojas como a Roxos e Doentes e perguntou: Por que não tem esse produto da Lusa? E o vendedor responde: Porque o clube não licencia todos os produtos. (Claro, que aí também tem o descaso dos fabricantes que optam em não fazer nada com a marca da Portuguesa, com medo que o produto fique encalhado nas lojas).

Espero que em 2010, a Portuguesa feche o ano com saldos, resultados e atitudes positivas.

Segue a reportagem na íntegra da Revista Exame.

Bom de bola, ruim de negócio
Por GUILHERME FOGAÇA


Espetáculo em campo à parte, o futebol brasileiro ainda tem um longo caminho a percorrer na gestão dos clubes e no aproveitamento econômico do esporte
Dentro de campo, a supremacia é inquestionável: o Brasil foi o único país que disputou todas as Copas do Mundo, tem a seleção que levantou a taça o maior número de vezes -  cinco -  e está sempre encabeçando o ranking mundial da Fifa. Temido pelos adversários com a bola em jogo, o futebol brasileiro é bem mais modesto longe dos gramados. Em termos de aproveitamento do esporte como atividade econômica, o Brasil ainda está na segunda divisão: 71% dos clubes brasileiros tiveram prejuízo em 2008, as dívidas acumuladas somam cerca de 2,3 bilhões de reais e a receita dos principais clubes brasileiros equivale ao faturamento do Real Madrid sozinho. Lá fora, os principais clubes da Europa viraram empresas, algumas cotadas em bolsa, e movimentam centenas de milhões de dólares. Por aqui, a maioria ainda é tocada na base do amor à camisa. "Em uma frase: falta capitalismo ao futebol brasileiro", diz Robson Calil, sócio da consultoria Deloitte e responsável pelos projetos da Copa do Mundo de 2014.


A dificuldade de aproveitar o potencial econômico do futebol no Brasil começa no degrau mais baixo - a gestão dos clubes. Os times brasileiros são associações sem fins lucrativos, cujo comando não é profissionalizado. Quem conduz a administração são dirigentes voluntários, que não recebem remuneração e, por isso, dividem seu tempo com outras atividades profissionais. Com uma gestão descuidada no campo financeiro, a maioria não consegue transformar o bom futebol em um negócio atrativo. Mesmo as receitas mais óbvias, como as de bilheteria, não são bem exploradas. A segurança precária nos estádios afugenta as famílias, a desorganização dificulta o acesso dos torcedores assíduos e a escassez de camarotes e assentos de melhor padrão impossibilita a cobrança de ingressos de alto valor. O resultado é a baixa ocupação dos estádios brasileiros: em média, cada partida do Campeonato Brasileiro recebe 17 500 torcedores - pouco mais de um terço do público nos campeonatos da Europa. 


Os consecutivos anos de má gestão e de resultados no vermelho deixaram para os clubes uma herança difícil de driblar - o acúmulo de passivos fiscais e trabalhistas. Alguns times, como o Flamengo, chegam a ter uma dívida duas vezes maior do que sua receita anual. Com as contas apertadas, os clubes recorrem àquela que é a principal fonte de financiamento do futebol brasileiro: a venda de jogadores. Dados da Casual Auditores Independentes, auditoria paulista especializada em clubes de futebol, mostram que a renda obtida pelos principais times brasileiros com a negociação de atletas em 2008 chegou a 397 milhões de reais, quase um terço da arrecadação total. "Os clubes aqui só conseguem sobreviver se vendem jogadores", diz o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente do Palmeiras.


 Pior para o torcedor, que tem de assistir pela televisão ao sucesso de seus craques lá fora. A necessidade de vender atletas para recompor o caixa fez do Brasil a maior usina de formação de jogadores no mundo - a venda para o exterior ultrapassa a casa dos 1 000 atletas por ano. Nos campeonatos europeus, os brasileiros lideram o ranking das nacionalidades, com mais de 500 jogadores profissionais em campo- à frente de França e Portugal, por exemplo.


O Brasil já exportou atletas para os gramados mais remotos, como a ilha mediterrânea de Chipre e a ex-república soviética do Azerbaijão. Há um subproduto interessante da posição de fornecedor oficial de jogadores: a migração constante de atletas acaba criando mais espaço para o desenvolvimento de novos craques internamente. O que hoje é uma salvação para as finanças dos clubes, no entanto, poderia ser uma verdadeira máquina de captação se fosse feito com maior planejamento. Como precisam de dinheiro imediato, os times costumam vender para investidores locais participações minoritárias nos direitos econômicos dos jogadores antes mesmo de eles se tornarem alvo de ofertas.


Quando o jogador fica conhecido e é arrematado por outra equipe, os clubes levam uma fatia menor da bolada. ?Se os times estivessem mais fortalecidos financeiramente, não precisariam se desfazer de seus jogadores em um estágio tão inicial?, diz o empresário Giuseppe Dioguardi, agente da Fifa que investe em participações de jogadores brasileiros.No mercado internacional, principalmente na Europa, a realidade é bastante diferente. A maioria dos clubes funciona como empresa, com metas e gestãoprofissionalizada. Os estádios ganharam feições de shopping center, com lojas e restaurantes, e possuem áreas vip para reuniões de executivos. Uma dasreferências é o inglês Manchester United, que há seis anos lidera a lista dos times mais valiosos do mundo, segundo a revista americana Forbes. Avaliado em 1,9 bilhão de dólares, o clube é visto pelos especialistas como exemplo de diversificação de receitas e de bom uso da marca, que atrai torcedores e consumidores de todo o mundo.


Pelo site do Manchester, é possível comprar ingressos sem filas, adquirir camisetas e acessórios do time e contratar serviços financeiros, como cartões de crédito e seguros. ?Lá fora, os clubes têm uma visão comercial desenvolvida, ao contrário do que acontece no Brasil?, diz Felix Álvares Garmon, vice-presidente da IMG, uma das maiores agências de marketing esportivo do mundo. O desenvolvimento econômico do futebol inglês, no entanto, só ocorreu após um esforço coletivo por parte dos clubes e do governo. Degradado pela violência nos estádios, na década de 80, o esporte na Inglaterra lutou para transformar a baderna dos hooligans em um mercado economicamente atrativo. O marco para a mudança foi a tragédia ocorrida em abril de 1989, quando 96 torcedores do Liverpool morreram esmagados pelo excesso de público em uma das alas do estádio Hillsborough, na cidade de Sheffield. O episódio deu origem a uma série de medidas de reestruturação, como melhorias na segurança e na estrutura dos estádios.


Hoje, diversos clubes estão nas mãos de investidores, como o Manchester City, cujo principal acionista é o Sheikh Mansour, um dos 19 irmãos do presidente dos Emirados Árabes Unidos. ?A Inglaterra fez uma verdadeira revolução, que só seria possível no Brasil com um conjunto de mudanças, desde as finanças dos clubes até a qualidade da arbitragem e o aumento de transparência da CBF?, diz a economista Elena Landau, ex-diretora do BNDES.


Os impérios formados pelos clubes europeus, no entanto, enfraquecem o característico efeito-surpresa do futebol. Na Espanha, os gigantes Real Madrid e Barcelona formaram um duopólio: nos últimos 25 campeonatos, eles levaram a taça 21 vezes. ?Cada país europeu tem, no máximo, quatro times de ponta.


No Brasil, normalmente existe uma dúzia de clubes no páreo?, diz André Coutinho, sócio da consultoria KPMG responsável por projetos ligados à Copa. Bom para o campeonato local, que tem uma disputa mais acirrada, ruim para as finanças dos clubes, que ficam com o poder disperso na hora de negociar. Na venda dos direitos de transmissão dos jogos pela televisão, cada um dos principais times brasileiros recebeu cerca de 34 milhões de reais em 2008 - o equivalente a um quarto dos ganhos do alemão Bayern de Munique com a venda dos direitos de transmissão dos jogos.  


O futebol brasileiro passou por uma tentativa de melhoria na gestão por volta dos anos 2000, quando alguns fundos de investimento aportaram em clubes locais. O fundo texano Hicks, Muse, Tate & Furst fez um contrato de cerca de 60 milhões de dólares com o Corinthians para explorar a marca do clube. Outros times, como Cruzeiro e Vasco, também receberam dinheiro de sócios capitalistas.


A dificuldade de pôr a casa em ordem, somada à conjuntura econômica desfavorável - crise da internet no mundo e desvalorização do real no Brasil -, fez as parcerias desandar. ?Todo investidor busca retorno financeiro, mas os fundos não tiveram a receita que esperavam?, diz Lorival Santos, ex-consultor técnico do Hicks, Muse. Em 2005, a esperança de acabar com a caixa-preta do futebol brasileiro ressurgiu com um projeto de lei que previa o aumento das exigências de transparência dos clubes - quem não prestasse contas com o aval de uma auditoria externa correria o risco de ficar de fora dos campeonatos. Até agora, no entanto, as mudanças não passaram pelo Congresso Nacional.


Recentemente, alguns clubes brasileiros começaram a dar passos para a melhoria da situação econômica. O São Paulo adotou planos de diversificação de receitas e fortalecimento da marca. Uma das iniciativas foi a criação da grife SAO Store, rede que tem loja na rua Oscar Freire, centro de consumo de luxo da capital paulista. No estádio do Morumbi, o São Paulo instalou livraria, restaurante e casa de eventos - e prevê o lançamento de uma academia de ginástica no próximo ano. ?Com as iniciativas, a visitação diária passou de 300 para 3 000 pessoas de 2002 para cá?, diz Julio Casares, vice-presidente de marketing do São Paulo.


Medidas como essa fazem com que o São Paulo seja responsável por 30% dos 168 milhões de reais arrecadados em 2008 pelos principais clubes brasileiros com receitas alternativas - que excluem ganhos com transferência de jogadores, bilheteria, patrocínio e televisionamento. O Internacional, de Porto Alegre, fez campanhas de marketing para aumentar o número de sócios - em julho, o clube atingiu 100 000 associados, constituindo a sexta maior base de sócio-torcedor do mundo. Segundo Décio Hartmann, vice-presidente de administração do Internacional, a receita com a mensalidade dos sócios representa 30% dos ganhos. São passos tímidos, mas podem indicar um caminho. Em um país onde as torcidas formam verdadeiras nações de consumidores, o futebol tem de se provar capaz de gerar bons resultados também fora dos gramados.  

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Copa do Brasil: Lusa enfrentará o Roraima

A CBF divulgou a semana passada a tabela da Copa do Brasil. A Lusa enfrentará, na primeira fase, o Atlético Roraima Clube (RR), no dia 24/02. O último título do time de Roraima foi do disputado campeonato roraimense de 2008.

Pela expressividade do time do norte lembrei que em 1997 a Lusa enfrentou o Kaburé (TO) e conseguiu empatar o primeiro jogo lá em Tocantins por 1 a 1.

O segundo jogo aconteceu em uma tarde, no meio da semana, no Canindé. Eu era uma simples estudante de colegial e minhas obrigações estavam restritas aos livros e cadernos (tempos bons) segui para o Canindé com meu irmão e meu pai (que sempre foi autônomo).

O estádio estava mais vazio que o normal e a Lusa venceu o time de Tocantins por 8 a 0, foi a maior goleada que presenciei no Dr. Oswaldo Teixeira Duarte.

Os jogadores, que estavam no banco de reserva, do desconhecido time do Tocantins passaram boa parte do tempo tirando fotos do Estádio.

Nesse ano o campeão da competição foi o Grêmio, que eliminou a Portuguesa nas oitavas de final. (Mais um bom motivo para eu odiar o Grêmio e o Danrlei).

Espero Lusa faça uma boa campanha na Copa do Brasil, que entre para disputar a final e que não seja eliminada pela Roraima, Icasa, etc.... Tá na hora de começar uma competição com um só objetivo: o título.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Carta ao Presidente

Exmo Sr. Ricardo Teixeira

Venho por meio deste cumprimentar o excelentíssimo pela agilidade na avaliação do processo do jogador do Guarani Futebol Clube, Bruno Cazarine que foi inscrito no Campeonato Brasileiro Série B irregularmente.

A Fifa já deu o parecer sobre o caso, mas falta a CBF se manifestar.

O nome do Bruno Cazarine foi publicado no BID e na CBF. Li em diversos sites que a culpa não é do Guarani.

Se a culpa não é do Bugre, de quem seria? Da CBF? E o Guarani será punido?

Qual o prazo que a CBF tem para dar um parecer? E a Justiça Desportiva?

E o torcedor que foi lesado pagando os ingressos, assistindo os jogos às 21h50, pegando chuva, freqüentando estádios de segunda com infraestrutura de quarta, sem nenhum tipo conforto e segurança, adquirindo o pacote do pay per view e usufruindo os produtos dos patrocinadores da CBF?

Por que existe regulamento, se não é cumprido?

Espero que o caso seja resolvido rapidamente e que o torcedor seja o verdadeiro beneficiado com a decisão. E que a decisão seja justa, conforme o regulamento. .

Sem mais,

Michelle Abilio

OBS: O e-mail será encaminha para o ouvidor da CBF (série B) Antônio Álvares Miranda (miranda.ouvidor@cbf.com.br )

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Brasil fora da Copa???

Imagine o Brasil fora da Copa. Agora imagine a seleção canarinha fora da World Cup 2010, por causa da Portuguesa e o caso não resolvido do jogador do Guarani Bruno Cazarine.

Só de imaginar esse cenário eu dou risada, dou gargalhada e o sentimento de vingança cresce, como nos filmes de Tarantino. Claro que não quero ver sangue, mas às vezes sou fã incondicional da Shoshana (Bastardos Inglórios, quem não assistiu, assista!).

A torcida brasileira que já se prepara para cantar: “Noventa milhões em ação, pra frente Brasil, do meu coração...” terá ódio da Lusa e irá olhar para a Portuguesa com o respeito que nunca olhou antes. A CBF nunca mais irá deixar a Associação Portuguesa de Desportos no escanteio ou no vácuo.

Todos iriam aprender que mexer com a Lusa não será mais brincadeira, que a Portuguesa tem que ser respeitada e a fama de “queridinha” mudaria para “odiada” e o ódio impõe respeito. Tudo que é muito legal, muito bonzinho enjoa. Tenho a impressão que os “queridinhos” são sempre aqueles com cara de tonto!

A Lusa tem que ser querida por sua torcida e os simpatizantes que sequem do lado de fora. Essa fama de “queridinha” já encheu. Muitas vezes esse “queridinha” tem o sinônimo de bobinha, porque sempre é usada de exemplo para alguma punição, nunca o exemplo foi para algo positivo.

Eu estou esperando uma atitude de CBF, estou esperando a punição do Guarani e acredito na Lusa na série A.

A ideia do Brasil fora da Copa é utópica, mas se os patrícios tiverem um peso importante na Fifa, aposto que a bunda dos dirigentes da CBF já estão coçando e eles já começam a olhar para a Portuguesa com mais respeito. Está na hora da CBF rever os conceitos em relação a Portuguesa.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Quais foram as lições do Brasileirão 09?

Enfim, depois de sete meses acabou o Campeonato Brasileiro e considere esse “enfim” como se fosse um “ufaa” ou “ainda bem”.

Se as últimas duas rodadas foram emocionantes para quem não estava envolvido com nenhum clube que disputava o título ou rebaixamento imagina para quem estava.

Eu estava ali, do outro lado, analisando friamente o que acontecia! Minha torcida era contra alguns times que iriam cair para a série B que, provavelmente, vão jogar com a Lusa o ano que vem. (Eu tenho esperança que o Guarani seja punido e que a Lusa dê a volta por cima).

O Fluminense deu o verdadeiro exemplo de superação e se tivesse mais um turno certamente seria candidato ao título.

O Botafogo deu sorte de pegar na última rodada um Palmeiras fraco e desgastado.

E o Coritiba?

O que falar daquela torcida linda que fazia uma festa brilhante antes do jogo e depois foi literalmente para guerra estragando sua imagem, acabando com o verdadeiro espírito do futebol. O que falar de pessoas que não são fanáticas, são burras e ignorantes e que esquecem que futebol é esporte, paixão, entretenimento, diversão e só! Não pode ser levado tão a sério. É gostoso tirar sarro do time adversário, mas só, partir para agressão não importa o motivo é desprezível e lamentável!

Santo André, Náutico e Sport já tinham carimbado o passaporte para a série B nas rodadas anteriores e estavam a treinando para pegar o único time “grande” da B, minha Lusa.

E a disputada pelo título??

O Internacional sentiu a emoção, quase colocou a faixa, mas não dá para confiar no maior adversário do time gaúcho. Estava claro que o Grêmio não ajudaria o Colorado. O título era do Flamengo, desde a rodada anterior. Alguém sonhou que o Internacional seria campeão?

Apesar das emocionantes rodadas, sinto que falou alguma coisa no Brasileirão. Talvez o espírito do futebol. O tesão do futebol está se perdendo por conta dos interesses extra-campo, não existe mais o futebol pelo futebol. E acreditar que talvez um dia isso volte é utópico! O dinheiro está acima de tudo e goleia o futebol puro, inocente e sem interesse!

Defendo o sistema de pontos corridos, mas até que ponto vale a pena entregar o jogo para prejudicar um rival? E a honra? A história? E a credibilidade?

Sair por aí dizendo que o Grêmio entregou o jogo e que o Santos deu a vaga da Libertadores para o Cruzeiro chega a ser uma mentira se analisarmos todas as 38 rodadas.

Foi campeão o time que teve mais pontos durante 38 rodadas e quem ficou para trás foi por pura incompetência. Não esqueça das derrotas bobas, dos gols perdidos, da má administração, os empates em casa e dos frangos. Seu time não ganhou o título por causa disso, não por causa de time A, B ou C... Culpar o time alheio pelo insucesso é muito fácil!

O Flamengo merece esse título? O Andrade, sim e os demais jogadores? Algum outro time merecia esse título? Pontos corridos é a melhor forma para definir o campeão? Existe uma outra maneira que seja justa?

O Brasileirão de 2009 dá adeus mostrando que o sistema de pontos corridos é legal, mas deixa algumas dúvidas, vários times quase colocaram a faixa de campeão, mas caíram por incapacidade, a torcida fez a festa, mas também foi a grande vergonha e que torcidas desorganizadas devem ser punidas!!!

Coritiba, Santo André, Náutico e Sport nos encontramos em um campeonato mais emocionante, a série B! Futebol só tem graça com a Lusa em campo, o resto é resto...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Uma luz no fim do túnel: Lusa na elite do Brasileiro?

Nunca apoiei e ideia e nem acreditava que daria em alguma coisa o recurso contra o Guarani. O gostoso do futebol é a disputa em campo, os gols, a vibração da torcida, etc. Mas agora a Lusa respira em direção a série A, por uma medida apoiada pela FIFA (que tem muito mais credibilidade que a CBF).

Não é tapetão! É regra! E as regras foram feitas para serem cumpridas, não é? Se fosse ao contrário a CBF não pensaria duas vezes e a Lusa já estaria chorando na série C.

O Guarani escalou o jogador Bruno Cazarine irregularmente e está escrito e registrado em algum cartório que um jogador não pode atuar em mais de dois clubes na mesma temporada.

Caso a CBF puna o Guarani, o time perderá 24 pontos e lamentavelmente (não é uma ironia) será rebaixado para a série C. E a Lusa dará a volta por cima com o acesso (merecido) para a elite do Brasileirão.

Parece que pela primeira vez na história rubro-verde, a minha querida Portuguesa, será justamente beneficiada por exigir que a regra seja cumprida. Ela não será beneficiada por alguma manobra irregular, portanto não é tapetão.

Mas é preciso cautela e minha desconfiança é grande. A Lusa depende do aval da CBF e isso me dá medo...Lembrando que a Lusa foi bastante prejudicada no Campeonato devido a interdição do Canindé.

Respiro feliz com essa “luz” no fim do túnel.

Mas não posso comemorar, porém já penso em tirar a placa de “Vende-se” da Kombi, com o rodízio de final 3, porque tenho esperança de ir aos jogos de quarta-feira e comemorar as vitórias lusitanas no Brasileirão!

07_11_24_Lusa 025