terça-feira, 25 de agosto de 2009

Lusa, vereadores e dívidas

Acompanho alguns vereadores no Twitter, devido ao projeto que faço parte chamado Adote Um Vereador. E não segunda-feira, o vereador Antonio Donato (PT) mandou a seguinte mensagem:



De início eu fiquei muito brava, porque só poderia ser uma brincadeira de mau gosto. Nem tanto pelos 100 anos, mas pelo voltar à primeira divisão.

Passou a raiva, cheguei a conclusão que não valeria a pena discutir com o vereador, guardei o nome dele, pois ele não terá meu voto nem para sindico do meu prédio e fui atrás dos fatos...

Ontem, representantes da Fundação Cásper Líbero, Faap e Associação Portuguesa de Desportos estiveram na Câmara Municipal para esclarecer as irregularidades do IPTU para a comissão da CPI do IPTU.

No site da Câmara Municipal:

O representante da Associação Portuguesa de Desportos, Valdir Rocha da Silva, explicou que o clube entrou no Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) para poder pagar a dívida R$ 13, 7 milhões com a municipalidade. A instituição afirmou que parcelou sua dívida em 1.140 vezes de R$ 7.990 por mês.
O vereador Claudio Fonseca comentou a participação do clube na reunião: “Através do PPI terão [Portuguesa] cem anos para pagar a dívida, porém, o
mesmo benefício não é dado para pessoas físicas.”
Durante a reunião, a Faap, que tem dívida de R$ 15.935 milhões, explicou aos vereadores que entrou com recursos jurídicos para o reconhecimento da sua imunidade tributária. De acordo com os seus representantes, a instituição tinha imunidade até 1995 e, desde então, a Prefeitura parou de reconhecer. Porém, afirmaram que o STF reconhece sua imunidade e, devido a isso, contestam judicialmente as cobranças.
Participaram do encontro os vereadores Wadih Mutran, Adilson Amadeu, Marta Costa (DEM), Claudio Fonseca, Donato (PT) e Aurélio Miguel (PR), presidente.


E no blog do PPS:

Lusa
A Associação Portuguesa de Desportos foi representada pelo advogado Valdir Rocha da Silva, na condição de representante legal. Ele respondeu por uma dívida de R$ 13.700.000 relativa a três imóveis do clube. Mas segundo ele, no ano de 2006 houve aglutinação das inscrições dos imóveis, o estádio do Canindé.
Valdir relatou que há muita dificuldade na aceitação do imóvel como garantia ao PPI (Programa de Parcelamento Incentivado), que possibilita a renegociação de dívidas com redução de 100% dos juros, abatimento de até 75% nas multas e prazo de até dez anos para pagamento – como informa o sítio da prefeitura de São Paulo.
Porém, a defesa da Portuguesa conseguiu um parcelamento muito maior: em 1.140 vezes, em pedido feito como pessoa jurídica para o pagamento mensal da dívida no valor de aproximadamente R$ 8.000,00. Esse parcelamento superior a 120 vezes é permitido nesse caso. Mas o advogado do clube disse que essa medida é apenas emergencial, uma vez que a Portuguesa vem se reestruturando. “Assim que houver melhores condições financeiras para o pagamento da dívida, o número de parcelas será reduzido”, afirmou. Citou que as melhorias no clube se deram também após a entrada da agremiação na loteria esportiva “Time Mania”, financiada pela Caixa Econômica Federal. Wadih Mutran pediu a palavra e se desculpou por não fazer perguntas ao representante da Portuguesa, uma vez que o parlamentar é conselheiro vitalício do clube, onde é sócio há mais de 50 anos. Por fim, Valdir Silva afirmou que a garantia que a Portuguesa dá para a prefeitura é justamente o imóvel em questão, avaliado em aproximadamente R$ 45.000.000,00.


Em 1.140 meses a Lusa pagará a dívida com a Prefeitura?

Eu também posso parcelar as minhas dívidas em mil vezes?

Vai pagar mesmo, ou é promessa de político?

Vai pagar em caráter irrevogável?

O que mais me surpreendeu nessa história: Descobrir que o Wadih Multran é conselheiro vitalício da Portuguesa! Isso deve explicar muita coisa no Canindé, como a falta de sorte... Quantas reuniões do conselho ele já participou? Gostaria de questionar outras coisas também, mas vou ficar calada para não ser processada!

Um comentário:

Victor disse...

O pior é que provavelmente, a Lusa não vai pagar