segunda-feira, 8 de março de 2010

As aventuras de uma flamenguista no Canindé....

Texto de Michele Furukawa publicado no blog Geral 4.

Um dia de Lusa...

IMG_3420


Nunca havia pensado em ir ao estádio torcer para um time que não fosse o Flamengo. Meu coração é rubro-negro e isso nunca vai mudar.

Hoje foi um dia especial. Diria que foi um dia emocionante e surpreendente. Fui pela primeira vez ao Canindé. Familiar e acolhedora, a Associação Portuguesa de Desportos realmente me fez sentir em casa.

Comecei muito bem o meu dia lusitano com deliciosos bolinhos de bacalhau. Logo em seguida vesti, literalmente, a camisa da Portuguesa e me senti a própria lusitana.

Meu coração bateu forte. Era o ônibus da Lusa chegando e dentro estava ele, o motivo maior pelo qual me levou ao Canindé: Athirson Mazolli e Oliveira. Fiquei paralisada por alguns minutos quando ele estava ali, há poucos metros de mim. Não tive reação, mas muita coisa passou na minha cabeça. Tantos momentos bons que ele já tinha passado no meu Flamengo.

Passado o momento nostalgia, voltei à empolgação, que era enorme. A expectativa pelo início da partida só aumentava.


A torcida da Lusa encantou meus olhos e meu coração. Não é nada comparado à grande massa rubro-negra carioca. Aliás, nenhuma torcida se compara com a outra. Cada uma tem a sua forma de torcer, a sua essência. E é esse jeitinho lusitano que me fez sentir um carinho maior pela Lusa. Famílias, senhores, senhoras, muheres, homens e muitas crianças presentes.



Demorou, mas a Lusa entrou em campo. E ele estava lá. Não conseguia ver ninguém além dele. Coitada da Michelle Abílio. Ouviu tanto o nome do Athirson que até eu me segurei para não dizer tantas outras vezes. Pra quem não lembra ou não sabe, o Athirson foi ídolo do Flamengo e marcou história no clube carioca. Bons tempos aqueles...

O primeiro tempo foi dominado pela Lusa. Nem Robinho, nem Neymar, nem Ganso e nenhum jogador do Santos deu o tão esperado show. Os garotos da Vila foram apagados pela bela atuação do zagueiro Domingos e Cia. Detalhe, eu não sabia o nome nem da metade do time... mas isso não me fez tanta falta! O melhor de tudo era gritar “Lusa eô! Lusa eô! Lusa Eôôôô!”.

A Portuguesa abriu o placar no Canindé. A torcida rubro-verde foi à loucura e eu também. Sim, eu comemorei como se fosse o gol do título.

Foi emocionante ver o primeiro gol da Portuguesa no meu dia de Lusa. O gol foi marcado por Héverton, depois de um belo lançamento de Marco Antonio. Lusa 1 x 0 Santos.

O segundo tempo foi muito tenso. O Santos voltou pressionando e as chances que a Lusa teve, não conseguiu finalizar bem e perdeu lances claros de gols. Era evidente que o time da Vila tinha voltado melhor. Mas o juiz fez de tudo para ajudar o Peixe. Só existia falta para o Santos. Dito e feito. Ele conseguiu o que queria. Zé Eduardo marcou para o Peixe, aos 44 minutos do segundo tempo. Lusa 1 x 1 Santos.
IMG_3409

Por alguns minutos a torcida lusitana se calou e os santistas explodiram de felicidade. Normal. O empate ficou com um sabor de bolinho de bacalhau estragado. Uma pena! Mas ainda assim a torcida cantou e apoiou o time até o apagar das luzes no Canindé. Um verdadeiro espetáculo. Um clássico do futebol paulista, onde tudo podia acontecer... e aconteceu!

Deixo bem claro que meu time é e sempre será o Flamengo. Mas confesso que o bolinho de bacalhau me conquistou. Lusa por um dia? É, acho que o Canindé ganhou mais uma torcedora lusitana...



Por Michele Furukawa – Flamenguista de coração e lusitana por opção! E claro, apaixonada pelo Athirson! Ah, o Athirson...

Um comentário:

Carlos Alberto Romão disse...

Muito legal !

Espero que ela tenha conseguido conversar com o Athirson.

Eu apareci na 2ª foto de cima pra baixo,consegui me achar no meio da multidão...rs

E dá-lhe Lusa !