A síndrome da última hora

Aprendi com a vida que não podemos deixar as coisas para a última hora. Deixei minha a monografia da Pós-Graduação para imprimir e encadernar no último dia. E sabe o que aconteceu?

A tinta falhou, a impressora deu pau, o papel ficou preso, etc...Foi uma loucura! Quase morri do coração! Mas às 20h consegui imprimir a “minha filha”. Mas ainda tinha a segunda parte: encadernar. Fui até o shopping e deixei meu lindo artigo científico lá e a mulher disse: Pega daqui 15 minutos.

Enquanto isso, fui dar uma volta. Quando voltei, encontrei com a mulher passando um pano nas folhas do meu lindo e perfeito artigo. Muito sem graça a FDP virou e falou: Deixei cair álcool na hora que fui limpar a capa, dá uma olhada, acho que não manchou.

“CARALHO! Quase 21 horas e preciso ir até a faculdade entregar essa merda manchada, cheirando a álcool...” - foi isso que respondi.

Meus gráficos coloridos, lindos, manchados e meu artigo digno de 10 (e foi 10 que tirei) fedendo mais que cachaceiro que passa a semana no boteco. Sim, eu estava ferrada!

Olhei com atenção, chamei a moça com muita educação e disse: Toma o CD. Agora é só imprimir as páginas que mancharam e encadernar em cinco minutos, ok?

No final, deu certo, nos 45 minutos do segundo tempo eu entreguei a monografia (que ainda cheirava álcool).

Aí você pergunta: Toda essa história pra quê, Michelle?

Cansei dessa palhaçada e incompetência lusitana de sempre deixar "alguma coisa" para a última rodada. Esse era o momento da Lusa já estar classificada. As duas rodadas restantes seriam apenas para testar alguns jogadores e "escolhermos" o adversário para a próxima fase.

Mas não é tão simples. Assim como em 2008, 2009, 2010... A Lusa deixou para decidir uma classificação, ou uma vaga para o acesso sempre na última rodada, aí sabe o que acontece?

A Lusa sempre dependeu dos outros e esses outros sempre jogaram álcool na nossa incompetência e classificação.